2 de set. de 2006

Divinal

Não tenho a menor dúvida de que quando os deuses passam pelo planeta Terra comem uma deliciosa "alcatra de peixe"! Admito que não a comam...por desconhecerem tal preciosidade!
Eu já ia para a Terceira sensibilizado para experimentar a "alcatra"! Quando cheguei à "Ilha de Jesus" foi só perguntar, ao meu amigo Marcos Couto, onde se comia bem essa especialidade que tanto desejava experimentar...e logo me foi indicado o Boca Negra, em Porto Judeu! Experimentei "alcatra de carne" e "alcatra de peixe" e fiquei rendido às duas! A maneira, muito "sui generis", do Sr. José Soares atender as pessoas também me agradou muito.
Na fotografia vê-se a "molhonga" ainda a fervilhar da "alcatra de peixe"...mesmo a pedir aquele pão maravilhoso!!!
Não resisto a colocar o precioso comentário da Azoriana ao post "Divinal":
...alcatra por ser num alguidar de barro e de levar ingredientes próprios e específicos (toucinho de fumo, jamaica, manteiga regional, etc) e a cobertura do alguidar ser feita com folha de "inhame" ou couve, e, ainda, ser cozinhada em forno de lenha, em que o cheiro se nota logo mal ela começa a adquirir "poderes milagrosos" junto com o vinho de cheiro, que são os de cativar quem vai passando na área.São essas alcatras acompanhadas de arroz branquinho ou com pão de leite (que é diferente de massa sovada) que fazem as delícias dos turistas e de quem agora está em festa da padroeira, nomeadamente, a Festa da Senhora dos Milagres.É que ali para os lados da freguesia da Serreta, o cheiro esbanja em cada chaminé e faz com que as lágrimas corram a alguns e algumas que já perderam quem tinha uma maneira especial de as confeccionar.Ficam ainda seguidores dessa culinária típica e muito tradicional... e os apreciadores que depois nunca mais a esquecem... Verdade?!
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5 comentários:

Terceirense disse...

Pois... "alcatara", eu digo, alcatra por ser num alguidar de barro e de levar ingredientes próprios e específicos (toucinho de fumo, jamaica, manteiga regional, etc) e a cobertura do alguidar ser feita com folha de "inhame" ou couve, e, ainda, ser cozinhada em forno de lenha, em que o cheiro se nota logo mal ela começa a adquirir "poderes milagrosos" junto com o vinho de cheiro, que são os de cativar quem vai passando na área.
São essas alcatras acompanhadas de arroz branquinho ou com pão de leite (que é diferente de massa sovada) que fazem as delícias dos turistas e de quem agora está em festa da padroeira, nomeadamente, a Festa da Senhora dos Milagres.
É que ali para os lados da freguesia da Serreta, o cheiro esbanja em cada chaminé e faz com que as lágrimas corram a alguns e algumas que já perderam quem tinha uma maneira especial de as confeccionar.
Ficam ainda seguidores dessa culinária típica e muito tradicional... e os apreciadores que depois nunca mais a esquecem... Verdade?!

Moura disse...

Peço desculpa pela "alcatara"! Foi confusão minha! Já está resolvido o problema e tomei a liberdade de colocar o comentário muito oportuno e rico da cara Azoriana.
Um abraço.

Terceirense disse...

É graças a todo o vosso fervor e admiração por nós que a inspiração, em mim, salta em turbilhão. Sem esse incentivo jamais escreveria fosse o que fosse. É por vós que escrevo ainda, pelas pessoas que falam de nós melhor que muitos que vivem cá dentro.
Obrigada!

Terceirense disse...

http://silvarosamaria.no.sapo.pt/alcatra_serreta.htm
Eis um endereço que lhe vai interessar de certeza.

a d´almeida nunes disse...

O inhame é mesmo bom. Tanto ouvi a minha sogra a falar do ihname que lá o provámos. Um pouco à experência inicialmente, mas acabámos por nos render.
Bom, isto para já não falar da alcatra de peixe, a tal do Sr. José Soares de Porto Judeu!...