29 de jun. de 2006

A famosa Sé de Braga...

Parecia mal colocar tanto post sobre Braga e não referir um dos ex-libris da cidade...a Sé de Braga. E para cúmulo o nosso poiso era mesmo nas traseiras da Sé.
Comprovámos a teoria popular que teima em fazer crer que a Sé de Braga é muito antiga, já que a construção do edifício é da responsabilidade do Conde D. Henrique e D. Teresa, no século XII.
Hoje é um repositório de estilos e épocas, que passam pelo românico, gótico e barroco. Desta última época ficámos impressionados com o majestoso órgão!
E assim terminamos os posts de Braga que nos acolheu simpaticamente, nos dias 8 e 9 de Junho.

O Clube encontra-se de "férias grandes"...mas o blog, não!
E, como já foi prometido, vai agora dedicar-se a sugerir outros destinos "experimentados e aprovados" pelo "arqueólogo-Moura" que lhe provocam um enorme desejo de lá voltar, quem sabe se com o clube!
O primeiro, já se encontra na forja...e é em jeito de dedicatória aos amigos Michael Gorne e Carlos Alberto Martins!
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27 de jun. de 2006

Património verde...

A tendência que temos ao ouvir falar de património é a de pensar nos edifícios, esculturas, pinturas... mas raramente pensamos em árvores e na vegetação em geral!
O que encontramos na Cerca do Mosteiro de Tibães é uma verdadeira preciosidade em termos de património natural, que tem servido de refúgio e habitat a centenas espécies da nossa fauna e flora.
E as várias espécies de árvores em perfeita harmonia com as fontes, escadórios, capelas, caminhos refrescados por ramadas, formam um sistema de eixos que define e integra os espaços!
Todo este espaço é, quase na sua totalidade, delineado no século XVIII o que explica toda esta potencialidade cenográfica, bem ao gosto da época barroca.

Para além da beleza, destaca-se a frescura do espaço e o risco reduzido de incêndio, dada a imensa humidade, que é gerada naturalmente pelas espécies botânicas escolhidas e pela ausência dos agora tradicionais pinheiros e eucaliptos que são verdadeiro combustível para o fogo.
Mais uma lição a retirar dos antigos, neste caso concreto dos monges beneditinos!
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Capela de S. Bento

Fica ao cimo de um escadório talhado no monte, com sete patamares que correspondem a outras tantas fontes, que simbilizam as sete virtudes. É como uma subida aos céus!
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Lago da Cerca

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26 de jun. de 2006

A Cerca do Mosteiro de Tibães.

A Cerca de qualquer mosteiro tinha como função a manutenção da sua comunidade, já que desse espaço vinham os legumes, a fruta, o linho, a caça, a lenha, a forragem e pevides para a alimentação dos animais...também na Cerca funcionavam os moinhos de pão, o engenho do azeite e o engenho de serrar madeira!!
Para além deste aproveitamento meramente físico não era de excluir uma vivência mais espiritual deste espaço, aproveitando-o para a meditação, o trabalho intelectual e o próprio lazer.
Actualmente, impressiona qualquer visitante o aspecto cuidado que as terras apresentam, limpas e cultivadas, devido a um acordo entre o Estado e particulares que exploram os terrenos contribuindo assim para a manutenção de tão vasta área. Lembrar que nos tempos de glória os terrenos do mosteiro ocupavam cerca de 40 hectares...
Mais uma boa estratégia seguida por este Mosteiro de Tibães!
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Como recuperar bem o património!

Nesta foto podemos ver as ruínas do Claustro do Refeitório e que daqui a uns anitos vai dar lugar a um espaço apropriado para a apresentação de espectáculos a céu aberto. Do lado direito e no piso térreo, onde se situava a cozinha e hospício, e no primeiro andar, local do noviciado, vamos passar a ter um restaurante e uma comunidade religiosa francesa a viver, com a possibilidade de disponibilizar quartos para quem desejar pernoitar.
Fantástico! Eu penso que é um bom exemplo a seguir! Dar vida a um local histórico em ruínas seguindo de certa maneira o seu espirito inicial. O futuro do património terá de passar por esta filosofia dinâmica e não meramente passiva.
Esta maneira tem também a vantagem de tornar possíveis as obras, graças às contrapartidas económicas conseguidas, que de outra maneira se tornariam muito mais morosas.
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25 de jun. de 2006

Por aqui já passaram...


Ao fim de dois meses de blog o contador da http://www.webstats4u.com/, mostra-nos que tivémos mais de 2 mil visitas!
Esse contador quase que oculto, por não apresentar números directamente pois tem que se clicar nele, mesmo ao lado do contador de visitantes que vai nos 1294 (este apenas conta uma entrada por dia, pois fixa o IP do visitante), apresenta-nos dados e estatísticas bastante interessantes, das quais apresentarei respeitando a língua de nuestros hermanos:

"Medir desde ... 16 abril 2006
Número total de visualizaciones de página hasta el momento - 2040
Día de mayor actividad hasta el momento-10 junio/06-Visualizaciones de página - 63
País de procedencia - Portugal/1892 - Estados Unidos/37 - Brasil/21 - Canadá/7 - España/6 - Alemania/4 - Singapur/3 - Reino Unido/2 - Francia/2 - Países Bajos/2 - Desconocido/51 - El resto/13 - Total - 2040
"

Para os mais atentos leitores do blog decerto não passou ao lado a informação da contagem decrescente para a próxima saída do Clube de Arqueologia...
...pois é, já só faltam 110 dias....para o dia 14 de Outubro de 2006!!

Até lá, colocarei mais alguns posts sobre a saída a Braga, nos dias 8 e 9 de Junho, e depois vou libertar-me um pouco das saídas do Clube e apresentar sugestões de escapadinhas interessantes, para os dias de férias que nos esperam...nesses dias de Julho e Agosto!As sugestões apresentadas terão a "certificação de qualidade" uma vez que já foram experimentadas pelo Don Carlão!
O objectivo será sempre o mesmo, estimular e incentivar as pessoas a sair para contemplar de forma mais consciente o património cultural-histórico-gastronómico das regiões que se pretendem visitar!
Desejos de boas viagens!
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24 de jun. de 2006

O "arqueólogo-Moura" em versão medieval...

No ano lectivo 1998/99, os meus alunos do 10º ano, José Miguel Lucas e Isabel Maria Gorgulho, ao aprenderem na disciplina de Português as Cantigas de escárnio e maldizer... lembraram-se de experimentar elaborar uma... usando o seu professor de História...
...eis o que saiu:

Don Carlão

Disse-me Don Carlão
Para mui bem o louvar
Porém sua pança comprida
Pode um avuitor alimentar
Ai, Don Carlão!
Que grande panção!

Don Carlão por bolos and’em viagem
Anda por terras desconhecidas
Em busca de uma estalagem
Para manducar umas
espigas
Ai, Don Carlão!
Que grande comilão!

Suas farjolas feias que são
Que deve guardar sorrir
Diga-me lá Don Carlão
Se um aparelho não pode servir
Ai, Don Carlão!
Que grande papão!

Glossário:
Comprida – cheia
Avuitor – abutre
Manducar – comer
Espigas – doce regional de Tentúgal
Farjolas – dentes
Guardar - evitar

Quem diria...

No espaço da cerca do Mosteiro de Tibães encontramos uma pequena área plantada com linho, para que as pessoas conheçam a planta que dá origem à matéria com que muitas das nossas roupas são feitas! E ficamos também a saber que as flores, que discretamente se vêem na foto, duram 3 horas...ou seja, as da foto já não existem e da data da foto até hoje muitas nasceram e morreram!!!

O linho é uma planta herbácea que chega a atingir um metro de altura e pertence à família das lináceas. Abrange um certo número de subespécies, integradas por botânicos com o nome de Linum usitatissimum L.. Compõe-se basicamente de uma substância fibrosa, da qual se extraem as fibras longas para a fabricação de tecidos e de uma substância lenhosa. Produz sementes oleaginosas e a sua farinha é utilizada para cataplasmas de papas, usada para fins medicinais.
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22 de jun. de 2006

A desejos...

A desejos do comentador do post anterior...decidi colocar então algo que se coma neste blog, após tanto texto e fotos sem nada para manducar!
Uma vez que estive por Braga achei por bem colocar uma das especialidades bracarenses, as frigideiras, grandes pastéis de massa folhada com recheio de vaca e presunto, citadas como divinas por Júlio Dinis e com que fazia as suas orgias gastronómicas o José Fistula!
Esta foi comprada perto da Sé de Braga numa simpática pastelaria de nome "Frigideiras da Sé".
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20 de jun. de 2006

O simbolismo dos claustros!


Quando visitamos qualquer mosteiro já sabemos que mais cedo ou mais tarde nos aparecerá pela frente um claustro...
Que significa este espaço?
Será o centro de uma estrutura, física e humana, contribuía para a materialização de um ideal, o da “cidade - ideal”.
Assim, percebemos que à volta do Claustro e ao longo de galerias, dispõem-se as principais dependências da comunidade, necessárias à vida colectiva, como a igreja, coro, sala do capítulo, refeitório. A cozinha ficava quase sempre afastada, da parte central, devido aos cheiros que dela imanavam. Tudo em perfeita harmonia. No terreiro aberto, reproduzia-se um pouco a natureza exterior, através de lindos espaços ajardinados. Para além da sua função utilitária, o claustro, encerrava em si uma missão simbólica decorrente dos valores em função dos quais se definia.
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O centro da "cidade-ideal"!

Na sua Regra, S. Bento, repete duas vezes a palavra claustra para se referir ao recinto isolado constituído por edifícios monásticos e áreas envolventes. Assim se termina sugerindo que “na oficina onde, com diligência, havemos de executar todas as obras é a clausura (claustra) do mosteiro e a estabilidade da comunidade”1. Mais adiante referindo-se aos irmãos que saem de viagem, mostra-se implacável aos que ousem sair da clausura, sem licença do Abade2.
A claustra simbolizava, o retiro e a organização, de uma comunidade que vive contemplando. Ao longo da idade média o termo tende a cingir-se a um espaço quadrangular, rodeado de pórticos, que se assume como centro nevrálgico da organização espacial do edifício monástico.
Denomina-se este espaço de Claustro.
1 Regra do Glorioso Patriarca S. Bento, Singeverga, 1951, p. 17.
2 Ibidem, p. 83.
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Um tesouro bem camuflado!

A Igreja do Mosteiro de Tibães vista do Claustro do Cemitério. Ninguem se atreveria a dizer que estamos perante um dos templos mais grandiosos e um dos marcos da arte barroca portuguesa! É os sítio ideal para dar uma aula sobre a evolução sobre a forma como os retábulos foram sendo construídos ao longo deste período...pois encontramos exemplares do Barroco Nacional, do Barroco Joanino e de um Barroco Final para muito designado por Rococó! Temos portanto um interior bem dourado o qual foi atraindo artistas de grande reputação, como é o caso de Frei Cipriano da Cruz, Frei José de Santo Vilaça, André Soares e José Álvares de Araújo...entre outros!
Em Tibães trabalharam deste modo verdadeiros mestres, desde pedreiros e carpinteiros aos entalhadores, enxambradores e douradores... que nos deixaram retábulos, imagens, sanefas, púlpitos e cadeirais de grande beleza.
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17 de jun. de 2006

Tibães e um mosteiro que se recomenda!

Depois de uma longa série de anos votado ao abandono e à delapidação do seu imenso e valioso espólio, o Mosteiro de Tibães parece ter entrado numa nova fase, após a compra pelo Estado português.
Este mosteiro, que foi "casa-mãe" de todos os mosteiros beneditinos de Portugal e Brasil, foi palco de um movimentado quotidiano monástico, a que um decreto de 1833 iria pôr fim e que a venda em hasta pública, em 1864, entregaria a mãos endinheiradas da classe triunfante na centúria oitocentista.
Mãos pequenas para um edifício tão marcante da nossa História e ainda por cima com cerca de 40 hectares de terrenos... que acabou em ruínas e abandonado, até 1986, altura em que os Estado português decide pagar aos seus onze proprietários uma verba considerável!
E actualmente este importante Mosteiro volta a ser um espaço cultural, uma verdadeira "escola" a quem o visita.
O Clube de Arqueologia adorou a visita e nem deu pelas duas horas e meia que lá passou...
...por isso, é mais uma sugestão a levar em conta quando se quer dar um passeio cultural!
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Santa rã verde comum...

Para dar início a uma série de postagens sobre o Mosteiro de Tibães decidi colocar uma foto que tirei a uma rã, que se mostrou desejosa de ficar no blog do Clube de Arqueologia. Quando lhe pedi para posar para a foto nem pestanejou...
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15 de jun. de 2006

Fonte cibernética muito à frente...

Mesmo em frente das Arcadas de Braga uma fonte com uma baleia estilizada a deixar-nos em dias de calor cheios de inveja dela...! Numa cidade cheia de fontes esta acaba por ser o expoente máximo, uma vez que, nela se desenrolam jogos de água e de cores controladas informaticamente, contando ainda com uma instalação sonora! É mesmo muito à frente...
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Coração da cidade!

Ponto de passagem e paragem obrigatória a fazer lembrar as plazas mayores de España, que a mim me fascinam, dado que são verdadeiras salas de estar onde as pessoas conversam, partilhando experiências de vida, o que as leva a conhecerem-se melhor! É o espaço público por excelência que os gregos tinham na Ágora e os romanos no Fórum!
Em Braga, encontramos a Praça Central rodeada de cafés e esplananadas bem simpáticas onde apetece estar horas a fio a ver o pulsar da cidade já que parece passar toda a gente por este local, de onde se destaca o "Café Vianna"(deve ler-se com pronúncia do Norte...ou seja, Cafée Biana...).
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13 de jun. de 2006

Mas que ano de actividades...

Mais um ano de actividades chegado ao fim e altura para fazer um balanço!
No primeiro período começámos por visitar a região de Castelo Branco e Monsanto, para depois nos dirigirmos até Lisboa para percorrer a Baixa Pombalina e visitarmos o Museu de Arte Antiga. Já em Janeiro deste ano rumámos até Sintra para ver o Palácio da Pena e Mafra para ver o Palácio-Convento mandado construir por D. João V. Em Fevereiro fomos para Norte mais concretamente para a bonita região da Régua e Pinhão onde andámos todos na linha...de comboio!
Este ano para terminar em beleza houve a possibilidade de efectuar uma saída final de dois dias que teve lugar, nos dias 8 e 9 de Junho. Optou-se por ir até à cidade dos arcebispos, ou seja, Braga.
Novidade para o Clube foi a entrada na blogosfera com o http://clubedearqueologia.blogspot.com/ criado a 16 de Abril e que, em menos de dois meses, ultrapassou os mil visitantes e, a constatar pelos comentários bastante agradados com as inúmeras sugestões culturais e gastronómicas que lá são colocadas.
Penso que foi um ano bastante positivo e marcante para o Clube de Arqueologia!
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12 de jun. de 2006

Pimentos Padrón - que buenos!!

Uma verdadeira especialidade feita com os pimentos padrón (caso não conheçam são pequeninos e os espanhóis são loucos por eles e por isso produzem os ditos com fartura) e cuja preparação é tão simples como colocar um pouco de azeite no fundo de uma frigideira... colocar os pequenitos e saborosos pimentos e quando tiverem no ponto, o que acontece ao fim de pouco tempo...coloca-se sal grosso e já está!
Engraçado que vários são os relatos de pessoas que não gostam de pimentos (os grandes que habitualmente comemos) ficam a adorar os pimentos padrón.
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CAFGEC - um exemplo a seguir!

A casa onde o Clube de Arqueologia pernoitou como não podia deixar de ser é um achado histórico...do século XVI! Mas o melhor está no seu interior! Uma equipa de pessoas coordenadas pelo Padre Costa Pinto, SJ. O trabalho desenvolvido tem em vista o acompanhamento de jovens toxicodependentes e já são muitos os casos de recuperação e sucesso na reinserção social.
O Clube aproveita para mais uma vez agradecer a amabilidade com que nos receberam.
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11 de jun. de 2006

As "marias"

A Flávia, a Inês, a Alexandra, a Patrícia e a Catarina numa visita ao centro de maior devoção mariana em Portugal, depois de Fátima. Refiro-me ao Santuário do Sameiro.
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O "padre-Carlos"...

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Os "maneis"

O Diogo, o Pascoal e o Mário a desafiarem as leis da gravidade e com desejos de meter água!
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Lago escondido...

Um pouco acima do Bom Jesus encontramos um belo lago escondido no meio das árvores onde se pode remar um pouco para melhor contemplar a enorme variedade de árvores que se traduz numa mistura de cores fantástica.
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Vistas deslumbrantes do Bom Jesus.

Uma perspectiva de Braga a partir do topo do escadório que é todo em granito contrastando com as paredes caiadas. A sua subida representará uma bela jornada espirítual e bem lá do cimo se percebe o desenvolvimento temporal de que a cidade de Braga tem sido sujeita nos últimos anos.
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O Bom Jesus

Na vertente leste de Braga vê-se bem ao longe um dos mais espectaculares santuários de Portugal, o Bom Jesus do Monte com o seu escadório impressionante e com uma inserção paisagistica soberba.
A Igreja do Bom Jesus foi construído no local de um santuário do século XV, mas o arcebispo de Braga em 1722 mandou construir a actual que só é terminada em 1811.
Constituí um ex-libris da cidade dos arcebispos.
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