30 de jan. de 2007

Canhão fluviocársico



O vale do Poio é um belo exemplo do que é um canhão fluviocársico ondeo encaixe é da ordem das duas centenas de metros e as vertentes, grosseiramente convexas, apresentam em resposta a diferenciação litológica, uma morfologia de pormenor em que se distinguem sectores perfeitamente verticais, as “penas”, por vezes com alturas de 30 a 40 metros, perfuradas por “buracas” e pequenas lapas que, associadas às cascalheiras que juncam os sectores convexos menos declivosos e raridade de vegetação arbórea e arbustiva contribuem para criar um cenário quase lunar.

O fundo semeado de oliveiras do Vale do Poio, raramente é percorrido por água nos dias de hoje. No entanto, nos invernos mais pluviosos, a água de circulação cársica pode brotar energicamente dos Malhadoiros, pequenas exsurgências ocasionais que funcionam como autênticas válvulas de escape do sistema subterrâneo que alimenta os Olhos de Água do Anços, originando um pequeno curso de água, afluente directo do Rio Anços.

Nas rochas calcárias desta área a vegetação é de cobertura escassa, formada por plantas herbáceas ou lenhosas de pequeno porte, fundamentalmente associada as fissuras de penhascos, escarpas ou muros e as rochas onde a acumulação de matéria orgânica permite maior disponibilidade de água e nutrientes minerais.

(adaptado de http://terrassico.lac.pt/index.php?action=rub_aff&rub_id=156&page_id=501)
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28 de jan. de 2007

Fotografia perdida...


No post "magis", de 24 de Janeiro, pensei ter "postado" duas fotografias sobre uma mesma paisagem...mas com duas visões diferentes dessa mesma realidade! Verifiquei que uma das fotografias deve ter ficado pelo caminho...quem sabe se não caiu no meio do Oceano Atântico.
Fica aqui reposta a fotografia e que fotografia... filha de umas experiências com velocidades de obturação.
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27 de jan. de 2007

Vale dos Poios



No caminho entre a Redinha e Anços aparece-nos discretamente um corte para Poios. Passa despercebido este paraíso terreal que nos leva a um outro planeta onde o silêncio e a calma imperam.Este tipo de vales foram originados pela passagem das águas que foram aprofundando os seus cursos de água subaéreos, em fases climáticas muito pluviosas. Os percursos de água percorrem o interior da serra e vão abrindo galerias que acabam por ceder e abater, indo deste modo criando a forma de canhão neste sistema de vales. Mesmo actualmente, apesar de não ser visível, a água percorre bem lá no fundo do vale...mas subterraneamente...indo sair numa exsurgência em Anços.

No ano de 1996 visitei este local com os alunos do Clube de Arqueologia, na altura sob os "comandos" do meu amigo António Franco (Blog Histórias e Sabores) e Graça Pita (Blog Clube Europa), e com os alunos que obtiveram melhores resultados na minha Direcção de Turma (6ºD). Nessa altura achámos estranho a caminhada que muitas pessoas já de idade faziam no sentido ascendente do vale... e ficámos admirados quando junto da exsurgência nos disseram que devido às fortes chuvas que se faziam sentir nesse ano, uma brecha tinha sido aberta no vale calcário, dada a força e velocidade das águas, provocando uma espécie de "géiser". Já estávamos de regresso a casa e ficou-nos um certo amargo de boca em não ter visto fenómeno tão invulgar por estas zonas.

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Que noite fria...


Durante o dia nos serviços noticiosos anunciavam que seria a noite mais fria do ano...
...eu pude constatar essa grande verdade ao vivo!! E logo num jogo que tinha sido prometido ao meu filhote dentro da tal filosofia do "magis" que aplico nas minhas direcções de turma, apesar de andar ainda no 3º ano do Ensino Básico, o comportamento e o aproveitamento foi condição para ver a equipa de que é simpatizante a defrontar a equipa da sua terra natal (Leiria).
Apesar do frio o jogo foi interessante e sentimos um ambiente curioso no estádio já que estávamos no meio dos portistas...que a partir de certa altura deram uma utilização aos seus pulmões e cordas vocais demonstrando uma certa inimizade com um senhor que andava a correr de preto no meio das duas equipas!!! Como diz o grupo musical... "com a pronúncia do norte" e diria eu... "com o vocabulário do norte"!!!

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25 de jan. de 2007

Exsurgência...


...dos Olhos de Água do Anços.
É curioso como esta nascente do Rio Anços apresenta logo de início um caudal invejável, mesmo a grandes rios como o Mondego, o que encontra a justificação nos inúmeros percursos subterrâneos de águas que aqui acabam por vir "dar à luz". Precisamos de ter uma noção da imensa permeabilidade do calcário que permite que as águas percorram o seu interior que acabam por "sair" e dar origem a uma exsurgência.

Se calhar já vimos algumas sem nos apercebermos que estamos diante desse fenómeno, como por exemplo na Arrifana, mesmo junto à Estrada Nacional, em Vila Nova e em Olho Meirinho, nas proximidades de Cernache.

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24 de jan. de 2007

"Magis"


Hoje passei a tarde com um grupo de seis alunos da minha Direcção de Turma que corresponderam a um desafio colocado no início deste ano lectivo, ter no final do período uma média igual ou superior a quatro valores.
Não é novidade eu "premiar" o mérito dos alunos com actividades que lhes proporcionam momentos únicos, que passam por baptismos de mergulho, descida do rio Mondego em canoa, um dia nas Berlengas, uma tarde na piscina...entre outras!
Normalmente para a turma toda é fixado um objectivo para as avaliações de Natal, que encontra correspondência no número de negativas total, que naturalmente terá de ser melhorado até ao final do 2º Período...e depois até ao final do 3º Período.
O que se pretende é uma evolução positiva dos resultados alcançados desde o começo do ano até ao terminus, em Junho. Se for cumprido este objectivo toda a turma no final de ano realiza então uma das actividades já enunciadas. A minha Direcção de Turma no ano passado cumpriu e fez um baptismo de mergulho, este ano se voltar a cumprir irá às Berlengas onde fará mergulho em apneia.

Mas a tarde de hoje esteve reservada a um grupo composto por seis alunos que obtiveram uma média superior a 4 valores nas avaliações de Natal. O destino foi surpresa até ao final... e das 13.30 até às 17 horas o José, a Isabel, o Tiago, a Mariana, o Bruno e a Juliana percorreram alguns locais paradisíacos que ficam tão perto de Coimbra e ao mesmo tão longe e desconhecidos da ultra maioria das pessoas desta região.

Começámos na nascente do Rio Anços, onde fiz algumas experiências com a máquina fotográfica... das quais partilho estas duas fotografias que apesar de apresentarem o mesmo cenário, terem sido tiradas uma imediatamente a seguir à outra, a mesma água e força de corrente aparecem-nos de forma diferente! Um pouco como os alunos que nos aparecem diante de nós numa sala de aula. Uns procuram o "magis", estando sempre a superar-se nas aprendizagens, outros ficam satisfeitos com as "aprendizagens mínimas garantidas" para a aprovação... Por vezes as "contas" destes últimos falham e lá ficam a renovar as aprendizagens no mesmo ano lectivo.

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23 de jan. de 2007

Crenças milenares...


Mesmo com as explicações de Descartes e Newton...muitas foram as lendas que se mantiveram relativamente ao arco-íris, devido à sua beleza e dificuldades em perceber as explicações!!
Na Grécia Antiga...ele era o caminho feito pela mensageira Iris entre a terra e o céu.
Para os irlandeses... é o lugar secreto onde os duendes escondem o seu pote de ouro (parece que está no final do arco-íris...mas ele começa da esquerda ou da direita ?)
Para os chineses...é uma abertura no céu fechada pela deusa Nuwa que utiliza pedras de sete diferentes cores.
Os hindus...chamam-lhe Indradhanush, que significa o arco de Indra, a deusa dos raios e trovões.
Os noruegueses...acham que o arco-íris é a ponte Bifrost, que faz a conexão entre o reino de Asgard e Midgard, onde habitam os deuses e homens, respectivamente.
Na Bíblia...aparece no Génesis como um sinal do acordo entre Deus e a humanidade. No episódeo da arca de Noé, Deus envia o arco-íris como sinal de que nunca mais nenhum dilúvio se abateria sobre o Homem com o intuíto de destruir o mundo.

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Fenómenos...




Este post acaba por ser uma "homenagem" a duas amigas "blogosféricas" que têm sido muito assiduas nos comentários aos meus posts, a "Badala" e a "Lurainbow". Como ambas estão de certa forma relacionadas com a temática do arco-íris lembrei-me de escrever sobre esse fenómeno fenômeno óptico e metereológico que separa a luz do sol em seu espectro (aproximadamente) contínuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva...

Hoje de manhã quando levava o meu filhote para a escola deparei-me com um grande e bem delineado arco-íris a passar a cidade de Leiria de uma ponta a outra...com o seu castelo altaneiro a figurar no centro do cenário. Depois de deixar o Gui dirigi-me a um monte e fiquei com o espectáculo mesmo à minha frente...e tirei uma boa série de fotografias (só tinha apanhado um arco-íris na Ilha Terceira, e publicado no blog em Agosto de 2006).

Logo pensei em estudar um pouco sobre o fenómeno quer no âmbito científico, quer no âmbito das lendas e mitos... e publicar um post dedicado à Badala e Lurainbow! Não pretendi estudar o arco-íris como Descartes, em 1637, que acabou por apresentar a primeira explicação teórica sobre o efeito, nem tão pouco Isaac Newton que explicou a razão de ser das cores...

As cores que aparecem neste arco colorido, neste "mundo cheio de cor", são o vermelho no seu exterior e o violeta no seu interior, depois juntam-se o laranja, amarelo, verde, azul e anil (ou indigo).
O arco-íris não existe realmente como em um local do céu, mas é uma ilusão de óptica cuja posição aparente depende da posição do observador... e nalguns casos pode aparecer um duplo arco-íris, como o que me apareceu e acaba por fazer justiça ao meu desejo de homenagear duas "amigas", sendo um deles menos intenso e aparecendo com as cores invertidas (quando comparadas com o arco-íris principal) com o azul no lado externo e o vermelho no interno.

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22 de jan. de 2007

Hoje é dia de...


...festa, cantam as nossas almas, para a menina Carla uma salva de palmas!!!
Este dia que foi também escolhido por Ivan III, "o Grande", Francis Bacon, Lorde George Byron, entre muitos outros para nascerem, não teria o mesmo encanto se não tivesse nascido em 1970...a minha "mana" Carla, a quem foi dedicada esta casa já aqui postada e onde actualmente os meus pais vivem. De facto, o meu avô materno decidiu brindar o nascimento da minha irmã com a atribuição do nome "Vivenda Carla" ao local que planeara para viver em família com a filha, genro e netos. Assim foi até 1989, ano do seu falecimento e da minha entrada em História da Arte...

Curiosamente o cacto que se vê na imagem foi plantado no mesmo ano...e apesar de ter 37 anos é bem mais alto que a minha irmã!
Para além do post, faço minhas as seguintes palavras de Lorde Byron (poeta romântico do século XIX que viveu em Sintra) :


" o arco-íris nas tempestades da vida. A luz crepuscular e sorridente que afasta as nuvens e tinge o amanhã com um raio profético".

Um bom resto de dia de parabéns.

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21 de jan. de 2007

Sentimentos...



...aparentemente contraditórios nos invadem a cabeça quando se vê o Mar com a energia com que estava hoje. Quem ama o MAR vê nele fonte de FORÇA e CALMA ao mesmo tempo. Foi isso que fui hoje fazer ao Pedrogão, procurar força e calma tão importantes nesta vida de professor quando se percebe a difícil tarefa que é a de ensinar, que muitas vezes nos tira a calma e a força. Neste sentido é preciso atestar as reservas...
Claro que aproveitei e fui ao, já postado por mim, Restaurante Rocha comer um delicioso Arroz de Tamboril (para não enjoar os meus amigos...opto por fazer o post amanhã ou depois...).
Obrigado MAR pelos sentimentos que em nós despertas.

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Até as aves...


...gostam do Minho e de Portugal!!!
Nas margens do Rio Lima é possível ver e contemplar várias espécies de aves que fazem da costa minhota ponto de passagem obrigatório nas rotas de migração. Muitas destas espécies são oriundas do norte da Europa e acabam por encontrar no nosso território condições favoráveis de refúgio e de alimentação. É caso para eu afirmar, como as compreendo mesmo tendo a certeza que não provaram um arroz de sarrabulho, um pudim Abade Priscos...entre outras iguarias.

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20 de jan. de 2007

A ponte...


...em Ponte de Lima acaba por ser o ex-libris da cidade! Edificada no século I esta obra notável da engenharia romana é património nacional. No entanto temos que realçar dois troços bem distintos e temporalmente afastados, um romano, mais simples e largo, e um outro gótico já com dois arcos soterrados devido a arranjos urbanísticos.
Referir que a ponte era passagem obrigatória dos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela.
O Rio Lima foi até aos inícios do século XX uma via de comunicação activa, estabelecendo a ligação da vila com o litoral e com interior do vale, situação que era normal na época...até que o combóio e depois o automóvel vieram alterar.

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19 de jan. de 2007

Paços do Concelho...


...de Ponte de Lima.
Mesmo em frente ao "Fonte da Vila" surge um edifício que apesar de ser original do 2º quartel do séc. XVI, sofreu ao longo dos séculos muitas campanhas arquitectónicas. Destacam-se as obras de 1573 em que se reergueu um notável edifício de que restam hoje apenas algumas paredes a sul e uma janela no interior.Em 1677 reconstruiu-se a escadaria principal, datando de 1751 a construção do corpo posterior.Em finais do séc. XIX e durante o Estado Novo, introduziram-se profundas alterações interiores tais como o alteamento dos pés direitos, datando de 1997 a fixação da sua traça actual.
Chegaram a estar aqui instalados, cumulativamente com a Câmara Municipal, o Tribunal da Comarca, o Teatro D. Fernando e a Real Associação dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima... é obra!

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18 de jan. de 2007

"Santuário" recomendado...


...pelo "Arqueólogo-Moura" e pelo "provador-mor" António Franco, autor do Histórias e Sabores.
O Restaurante Fonte da Vila fica situado junto ao edifício da Câmara Municipal e o "chefe recomenda" a Posta de Novilho e o Arroz de Sarrabulho à Ponte de Lima (prato que é só feito de encomenda). No final da refeição é de percorrer a zona histórica de Ponte de Lima...para ajudar a digestão.

Vale a pena a deslocação...para conhecer tão importante património!!

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Felicidade é...


... o sentimento vivido por mim ontem de tarde ao levantar os resultados de análises feitas ao sangue e ouvir os comentários da minha médica sobre os valores apresentados!
O sentimento ainda maior se torna quando existe o receio de algo poder não estar bem, não pelo facto de me sentir mal fisicamente, mas sim pelo motivo de alguns dos meus amigos mais chegados terem feito análises recentemente e apresentarem valores elevados de colestrol, ácido úrico e outras coisas mais...
Como sempre me disseram "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és" dei por mim a pedir umas análises na segunda-feira...não fosse a expressão estar certa de todo. Terça tiram-me uma "seringada" daquele líquido vermelho que nos percorre o corpo todo desde o coração até ao...coração.

Curiosamente só me fizeram esta operação três vezes, tendo eu desmaiado da primeira (ainda era muito novo...). Esta terceira vez assemelhou-se à segunda e nada custou (afinal até acabamos por crescer ao longo desta vida...). Rápido a sair e com boa cor o dito liquido. Os níveis de ansiedade que tinham iniciado uma cavalgada na segunda-feira...aumentaram num crescendo até ao final do dia de ontem...
E os resultados não podiam ser mais simpáticos... colestrol na casa dos 170, os famosos açucares perto ao valor mínimo, ácido úrico igualmente...e por aí em diante. Ainda a salientar que no jantar de segunda comi um belo bife na frigideira...e uma boa dose de pudim!!!
Apesar de pecador confesso, da pecaminosa gula, acabo por sentir um grande alivio na minha alma.
Por isso, recomendo a todos os meus amigos reais e virtuais que experimentem uma Posta à Mirandesa, "la puosta" (em mirandês), que tem um sabor único derivado da espécie autóctone de vacas da região de Miranda do Douro. Desta iguaria temos registos que datam do longínquo século XVIII dando conta que era comida de tabernas, feiras e festas populares. Na região houve sempre pontos de referência para um manjar de posta, como são os casos da Feira dos Gorases (Mogadouro) e da Feira dos Burros (Sendim), bem como locais de culto e romarias realizadas nos santuários do Naso e da Senhora da Luz, ambos no concelho de Miranda do Douro. Como pode ser complicado uma deslocação a esta região...dou a indicação de um lugar de mais fácil acesso: Ponte de Lima. "Local de culto": Restaurante Fonte da Vila.
Para sobremesa recomendo o abençoado Pudim Abade Priscos cuja ingestão julgo não entrar no pecado da gula dado a origem do nome. A minha atracção por este pudim deve vir do facto de ter escolhido como tema do meu trabalho final de curso "A vida monástica"...o que associado a 15 gemas de ovos, 650 gr de açucar, vinho do porto...etc... acaba por ser uma divinal tentação! Quem necessita ultrapassar alguma amargura na vida terrestre ten aqui um bom remédio!!
Para os mais aventureiros:
http://www.gastronomias.com/doces/doce0029.htm - o delicioso Pudim Abade Priscos...
http://users.prof2000.pt/users/aag/2002af11/planalto/posta.htm - "...la puosta será sempre la puosta..."

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17 de jan. de 2007

Jardim Romano...


...em Ponte de Lima! Curioso aproveitamento de umas das margens do Rio Lima, com a recriação de vários tipos de jardins que fizeram "história" na História. Assim, é possível percorrermos e sentirmos ambientes e cenários bem ao jeito dos jardins das épocas romana, renascentista, barroca, romântica, entre outras.
Apenas aqui apresento um apontamento fotográfico de algo que me captou a atenção, a interligação de dois materiais bem distintos, o metal e a madeira, numa sintonia aparentemente efectiva e afectiva.
Vale a pena ir a Ponte de Lima... e é para onde vou nos próximos posts!!

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13 de jan. de 2007

Na hora da despedida...


...parece ter ainda mais encanto esta exposição fantástica que de alguma maneira acabou por ser uma bela homenagem a Amadeo de Souza Cardoso. Todos os que nela trabalharam estão de parabéns e podem orgulhar-se de ter entrado, de certa maneira, para a História com o extremo profissionalismo que empregaram neste "Diálogo de vanguardas" que esteve dirante estes meses de Novembro a Janeiro de portas abertas até às 22 horas todos os dias... e neste último fim de semana vai estar sempre aberto, ou seja um "non-stop" pioneiro nos museus portugueses!

Na quarta feira não foi só ao plenário da Assembleia da República que assisti pela terceira vez...foi também à Exposição "Diálogo de Vanguardas"! E parece que o ditado português que apregoa, que à terceira é que é de vez, aplicou-se nesta minha visita. De facto a QUALIDADE da guia com que fomos brindados acabou gerar em mim o desejo de escrever um post sobre esta experiência, que nos meus 12 anos de professor e organizador de visitas de estudo (os que seguem este blog já perceberam que em número avultado...), ÚNICA!!
Foram 90 minutos a VER obras de um dos pintores mais geniais do século XX e a SENTIR de uma maneira muito sui generis o Modernismo vivido nas almas e corações dos artistas da primeira metade do século XX. Se a parte do VER está ao alcançe de todos os que por lá passaram, a parte do SENTIR apenas está reservado aos priviligiados que tiveram a "sorte" de ter uma tal guia de seu nome Carla, que eu me atreveria de colocar o cognome de "a futurista", ou "a modernista". Nada de discursos preparados de forma rigida, que muitas vezes nos faz pensar que o guia engoliu uma cassete (nos dias de hoje, talvez um CD...), mas um discurso com bases cientificas muito sólidas e que ia sendo construído com base na interacção com o grupo. Parecia que estávamos perante um artista modernista que nos fazia ver as suas obras de arte, justificando a razão de ser da utilização das formas, cores e linhas conjugadas de maneira muito pessoal.
Se a Exposição foi um "Diálogo de vanguardas", com a guia estabeleceu-se um Diálogo de sentimentos e sensações tão necessário para descodificar a Arte Moderna.

Obrigado Carla

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11 de jan. de 2007

Parlamento in loco...

Na passada quarta-feira fui pela minha terceira vez... assitir a uma reunião plenária na Assembleia da República.
Este órgão suscita alguma curiosidade aos alunos pelo facto de ali se definirem as leis que permitem resolver, pelo menos teoricamente, os problemas dos cidadãos, como também por aparecer muitas vezes na televisão (onde parece muito maior devido ao uso de lentes angulares) recheada das nossas vedetas do panorama político.

Acho importante os jovens saberem que Portugal é um Estado de Direito Democrático onde os poderes legislativo, executivo e judicial se encontram divididos pela Assembleia, Governo e Tribunais. Revolta-me os alunos, leia-se alguns alunos, chegarem ao Secundário e não perceberem estes princípios básicos, até porque ouviram falar deles no sexto ano de escolaridade, na História e Geografia de Portugal, e no terceiro ciclo onde o assunto é abordado de forma directa ou indirecta nos três anos que o compõem. Os momentos passam pela Grécia Antiga, onde nasceu a Democracia, pelo Século das Luzes, onde se teoriza sobre a divisão tripartida dos poderes, nas Revoluções Liberais...e na Implantação da República em Portugal!!!
Como é possível chegar ao Secundário sem perceber...que a Assembleia legisla, o Governo executa e os tribunais julgam ?
Onde está a formação dos jovens para uma cidadania responsável ?
Este tema para mim tem um significado especial já que foi a base do meu trabalho para a profissionalização! Decorria o ano de 1998/99 e os meus alunos nesse ano foram também assistir a uma sessão plenária, a debates sobre "Os desafios da Europa", entre muitas outras actividades que preparei para eles sentirem o quão importante é sermos seres activos na construção de um futuro melhor.
A passividade é mais que muita e acaba por preocupar!! A democracia é bonita, virtuosa, mas não é um valor em si que a torne realidade por tempo indeterminado, já que ela é fruto de um colectivo, de uma consciência cívica. O afastamento e a passividade dos jovens, futuros eleitores que ficam em casa no dia das eleições, pode perigar o verdadeiro sentido da democracia!

Por tudo isto...penso ser importante relembrar as atribuições da Assembleia da República consagradas na Constituição Portuguesa, assim como tomar conhecimento do funcionamento da mesma.
Mas se o princípio teórico é interessante e justifica-se uma ida ao Parlamento, a prática acaba por se revelar um pouco diferente, uma vez que nem sempre o que nos é dado a observar quando estamos com os alunos nas tribunas é dignificante!!!!

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9 de jan. de 2007

Um tesouro...



...no sótão de casa dos meus pais, foi assim que o meu combóio foi descrito pelo meu amigo Nuno "Banjix" num comentário ao post "Foi em 1969...".
Ao contrário dos meus amigos de infância que tinham pistas de carros eu tive uma pista de combóios um pouco contra minha vontade...mas o meu pai achava que era o mais indicado para mim!!! Cresci sempre com este "trauma"... de nunca ter tido uma pista de carros!! Se calhar a minha paixão pelos desportos motorizados nasce dessa lacuna no meu processo de formação.
No entanto dou hoje comigo a contemplar a obra que foi feita ao longo de vários anos, com muitos túneis, pontes e vales, casas electrificadas, vários tipos de cenários urbanos e rurais...
Não havia PS2, nem computadores...mas passavam-se uns belos serões a construir o "combóio" com cimento, tintas, areia, maquetes de casas, bonecos, árvores...
Coisas...da infância do Moura!!

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8 de jan. de 2007

Boas entradas...


...em 2007! Teria sido um óptimo post para começar este ano de 2007 com estas entradas...
Mas só ontém é que as tive junto a mim e a oportunidade de as fotografar. Naquele local que já me leva três posts escritos!

Perdoem-me os amigos virtuais por este bombardeamento de fotografias apetitosas. Até chegam a enjoar... ou não!
Durante uns bons dias não colocarei estas tentações no blog...por isso não deixem de me visitar devido a esta intoxicação visual!

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Almoço "Real"



O prometido é devido e a amiga Badala deu o mote, no seu comentário, para que partilhasse o meu manjar no recatado restaurante Muralhas...

...onde qualquer um de nós se sente como um verdadeiro Rei!

Cá vai um bonito e saboroso prato de Bacalhau na Broa, um dietético Polvo à Lagareiro e para terminar duas singelas Trouxas de ovos, com as quais ninguém se sente trouxa!

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